Não tenho nada para escrever aqui.
Nada de novidade, nada de desabafo, nada de interessante ou engraçado.
É preciso, necessariamente, saber de algo para se escrever a respeito - a não ser que você seja jornalista.
Por outro lado, é preciso não saber de algo para não se escrever a respeito - que gênio!
-
Existem coisas que eu não sei.
Eu não sei qual minha comida preferida.
Eu não sei qual a minha banda preferida.
Eu não sei qual o meu livro preferido.
Eu não sei qual o meu filme preferido.
Eu não sei um monte de coisas preferidas.
-
Terei eu falta de opinião?
Ou abundância de opinião?
-
É muito difícil para mim falar por falar algo que não sei se é verdade.
Sou chato, talvez, o bastante para não conseguir tecer uma resposta rápida e destacar o preferido entre os outros.
-
Minha cor preferida é o preto.
Essa foi
exata. ^^
-
Sem querer querendo ser
nerd, acho que a teoria da relatividade faz parte da minha vida mais do que eu imaginava.
Já recebi críticas por responder perguntas com "depende".
Mas o que vou fazer se pra mim "depende" mesmo?
-
Uma conversa hipotética:
-Tu prefere churrasco ou
galinhada?
- Depende.
- Como assim?
- Depende do churrasco e depende da
galinhada.
-
Aff, que cara complicado.
-
O mais fácil é julgar ou preferir algo
exato, sem relatividade:
- Tu prefere Rock ou
Axé?
- Depende.
- Do quê?
- Depende, para ouvir ou para ficar irritado?
- Para ouvir
né.
- Rock.
Sintam a
sutileza da relatividade quando
aje nas duas pontas:
- Tu prefere Rock ou
Axé?
- Depende.
- Do quê?
- Depende, para ouvir ou para ficar irritado?
- Depende.
- Do quê?
- Depende do teu estado de espírito.
- Como assim?
- Tu pode ouvir e ficar irritado ao invés de ouvir ou ficar irritado.
- Para ouvir e não ficar irritado então.
- Sim?
- Rock.
Se tudo fosse simples assim, não haveriam as entrevistas de bate-bola nos jornais e revistas da vida.
Pra que complicar?