11/07/2007

Seleção brasileira

Esvaeceu o último refúgio do patriotismo brasileiro.
A seleção era até um tempo atrás a única sensação (ainda que falsa) de orgulho pátrio do povão. Veio a globalização, os dólares e hoje temos estrangeiros jogando para nós.
Crioulos tropicais que não gostam de jogar no calor.
Crioulos sim, não me peçam para chamar de afro descendentes pois tenho nojo de demagogia racial.
Nasceram na favela, mas têm medo de assalto, medo da realidade que eles conviviam antes de encher o rabo de dinheiro.
A seleção virou vitrine de empresários, como um banca de peixes na feira.
O jabá corre solto para escalar pernas-de-pau, que não defendem o Brasil, e sim, seus contratos milionários.
E eu que gostava da seleção tenho perdido o tesão.
Não só pela seleção, mas pelo futebol em geral.
No próprio Grêmio vemos o clube matar a fome dos piás até os 17-18 anos.
Daí vem um empresário e bota uma nota de cinquenta no bolso do rapaz e já era.
Lá vai ele jogar na China, ou no Cazaquistão.
Ronaldinho Gaúcho (que não é brasileiro, muito menos gaúcho) e Kaká pediram férias, estavam cansados e com medo de ir a Venezuela de Hugo Chavez.
Cansados de jogar bola duas vezes por semana?
E ainda tem gente que baba ovo desses merdas estrangeiros.
Um pagodeiro e outro crente.
Eu nem convocaria só por esse motivo.
Por mim nem precisa mais existir seleção.
Seleção do quê?
Dos mais esbanjadores e mascarados do país?
Só porque nasceram no Brasil não quer dizer que seja uma seleção brasileira.
E não é.
E antes que alguém pense, eu não sou patriota.
Patriotismo é coisa de fanático.
Mas isso é assunto para outro post.

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