Foi a seresta que fiz por 24 horas seguidas na janela de minha casa quando o amante de minha esposa me botou pra fora. Chovia torrencialmente, era inverno, mas do meu peito desflorava a poesia de Waldick, retumbando os alicerces cinzas de toda rua, que aquela hora já me deflorava com olhares no pináculo da piedade e da resignação.
"Tu devias compreender Que por ti, tenho paixão Pelo nosso amor, pelo amor de Deus Eu não sou cachorro, não". Na vigésima quinta hora, o amante apareceu na sacada usando minhas pantufas e me bateu com a vassoura na cabeça. Nunca mais entrei em minha vivenda...
Salve salve Waldick, o varão que sabe exatamente o que é sofrer por amor ao levar uma punhalada de adaga de prata nos pulmões, asfixiando e roubando nosso precioso ar de lucidez. Mais tarde, segui seu exemplo e tentei mandar uma carta "Amigo, Se essa cartinha falasse Pra dizer àquela ingrata Como está meu coração Vou ficar aqui chorando Pois um homem quando chora Tem no peito uma paixão" mas ele me desenganou. Ela já tinha se casado.
Era oficial, em 1984, tinha sido corno pela quinta vez.
Outros destaques:
Era oficial, em 1984, tinha sido corno pela quinta vez.
Outros destaques:
Não toquem essa música: "Oh! Cessem... Parem a música Eu não posso ouvir Eu vim a boate não foi pra chorar Foi pra me divertir Parem a música Não me causem amargura Eu não quero recordar A quem eu amei com loucura".
Minha última serenata: "Amigo, beba comigo E seja testemunha do meu fim Amigo, leva esta aliança E entregue àquela ingrata para mim E Diga que eu mandei pedir a ela Que reze ao menos por mim".
Flores perfumadas para alguém "Eu já sei que tu vais casar com outro Meu desejo é que tu sejas bem feliz Amanhã, eu estarei lá na igreja Pra Provar-te o quanto eu te quis".
Aliança jogada: "Voltei sorrindo à terra querida Muito ansioso pra com ela me casar Só encontrei a aliança jogada E ela casando com outro no altar".
Putz, vai ser corno e perdedor assim na casa do caralho....
Nelson Gonçalves: Dói-me lá deeeentro da medula cervical quando escuto esse “Deus” da música. Como diz o ditado “panela véia é que faz comida boa”, ele é um misto de mocotó com vaca atolada feito no fogão a lenha. Ao ouvir obras de arte como “Negue”, “A volta do boêmio”, “Apelo”, “Quando eu me chamar saudade”, “Cadeira vazia”, e “Naquela mesa” entre outras, minha alma transgride ao passado, sinto o cheiro do botequim, da fumaça dos cigarros, da bebida...
Do tempo do respeito ainda, amor doído, de alma, desses que hoje em dia não se encontra mais. Um homem que transpassava toda a sua dor em letras verossímeis, que usava a música como forma de expressão de sentimentos, e ainda tem gente que não gosta, não dá para entender. Brega é a mãe, Nelson Gonçalves é o Álvarez de Azevedo da música. Ah, vale lembrar que o galo veio era gaúcho!!!
“Não creio mais em amor nem amizade Vivo só para a saudade Que o passado me deixou A vida para mim não vale nada Desde o dia em que a malvada O coração me estraçalhou”
“Porque razão chorastes tanto ao me deixar Porque razão eu chorei tanto ao te perder”
Do tempo do respeito ainda, amor doído, de alma, desses que hoje em dia não se encontra mais. Um homem que transpassava toda a sua dor em letras verossímeis, que usava a música como forma de expressão de sentimentos, e ainda tem gente que não gosta, não dá para entender. Brega é a mãe, Nelson Gonçalves é o Álvarez de Azevedo da música. Ah, vale lembrar que o galo veio era gaúcho!!!
“Não creio mais em amor nem amizade Vivo só para a saudade Que o passado me deixou A vida para mim não vale nada Desde o dia em que a malvada O coração me estraçalhou”
“Porque razão chorastes tanto ao me deixar Porque razão eu chorei tanto ao te perder”
Vicente Celestino: o baluarte da boemia. Responsável pela cirrose de 80% da população brasileira na década de 40. Simplesmente, ébrio.
Nasci artista. Fui cantor. Ainda pequeno levaram-me para uma escola de canto. O meu nome, pouco a pouco, foi crescendo, crescendo, até chegar aos píncaros da glória. Durante a minha trajetória artística tive vários amores. Todas elas juravam-me amor eterno, mas acabavam fugindo com outros, deixando-me a saudade e a dor. Uma noite, quando eu cantava a Tosca, uma jovem da primeira fila atirou-me uma flor. Essa jovem veio a ser mais tarde a minha legítima esposa. Um dia, quando eu cantava A Força do Destino, ela fugiu com outro, deixando-me uma carta, e na carta um adeus. Não pude mais cantar. Mais tarde, lembrei-me que ela, contudo, me havia deixado um pedacinho de seu eu: a minha filha. Uma pequenina boneca de carne que eu tinha o dever de educar. Voltei novamente a cantar mas só por amor à minha filha. Eduquei-a, fez-se moça, bonita... E uma noite, quando eu cantava ainda mais uma vez A Força do Destino, Deus levou a minha filha para nunca mais voltar. Daí pra cá eu fui caindo, caindo, passando dos teatros de alta categoria para os de mais baixa. Até que acabei por levar uma vaia cantando em pleno picadeiro de um circo. Nunca mais fui nada. Nada, não! Hoje, porque bebo a fim de esquecer a minha desventura, chamam-me ébrio. Ébrio...Tornei-me um ébrio e na bebida busco esquecer Aquela ingrata que eu amava e que me abandonou Apedrejado pelas ruas vivo a sofrer Não tenho lar e nem parentes, tudo terminou Só nas tabernas é que encontro meu abrigo cada colega de infortúnio é um grande amigo Que embora tenham como eu seus sofrimentos Me aconselham e aliviam o meu tormento Já fui feliz e recebido com nobreza até Nadava em ouro e tinha alcova de cetim E a cada passo um grande amigo que depunha fé E nos parentes... confiava, sim!E hoje ao ver-me na miséria tudo vejo então O falso lar que amava e que a chorar deixei Cada parente, cada amigo, era um ladrão Me abandonaram e roubaram o que amei Falsos amigos, eu vos peço, imploro a chorar Quando eu morrer, à minha campa nenhuma inscrição Deixai que os vermes pouco a pouco venham terminar Este ébrio triste e este triste coração Quero somente que na campa em que eu repousar Os ébrios loucos como eu venham depositar Os seus segredos ao meu derradeiro abrigo E suas lágrimas de dor ao peito amigo.
Buááááááá buááááá, quero um lenço....
Márcio Greyck: "Maaaas o travesseiro não abraçaaaa, não conversa e não respondeee não substitui voceeee.......". Márcio Greyck, o perigote das mulheres!! Dizem as garivanas do início dos anos 80, que o mancebo ai era o bam bam bam. Bonito, romântico e bréééééééégaa que só o mio da pipoca. Olha, sou homem sim e com H maiúsculo, mas escutando pérolas como “O Travesseiro”, “Infinito”, “Reencontro”, “Vivendo por viver”, “Impossivel acreditar que perdi voce” e “Mundo vazio”, imaginando aquele pitéuzinho no cume de sua juventude, cantando melosamente para mim, mmmmmmmmm....... No minimo um abraço eu daria nele! Márcio Greyck, impossivel resistir, fofinho!! Hahahahahahahahaha! Pela sua obra deveria ser mais reconhecido no mercado. Não tem muito o que falar, é só ouvir e se derreter...
“Nós dois andando pelo céu, tudo é tão lindo. O mundo fica diferente, fica bem distante. É tudo como se tivesse que morrer agora. A minha vida está em tuas mãos senhora.”
“Vem com o seu sorriso largo Adoçar o amargo que essa ausencia trás Vem beijar me novamente Com seu beijo quente Que tão bem me faz Vem, e me abraçe forte Não me deixe a sorte nunca, nunca mais Eu quero te amar com a força de que eu for capaz!”
“Nós dois andando pelo céu, tudo é tão lindo. O mundo fica diferente, fica bem distante. É tudo como se tivesse que morrer agora. A minha vida está em tuas mãos senhora.”
“Vem com o seu sorriso largo Adoçar o amargo que essa ausencia trás Vem beijar me novamente Com seu beijo quente Que tão bem me faz Vem, e me abraçe forte Não me deixe a sorte nunca, nunca mais Eu quero te amar com a força de que eu for capaz!”
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Postado por Una e Rafa
Um comentário:
Discotéca básica do brega, com certeza, até agora, um dos teus melhores "postes".
ashudhas, muito bom...diria que esses bregas são EMO´s a moda antiga!
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