O agroboy

Hoje eu vou falar de uma espécie animal chamada colonnacious dinheristillus, conhecida popularmente por agroboy.
Os agroboys vivem tanto em ambientes urbanos, como em rurais.
Preferem se locomover em avenidas centrais de cidades que só tem uma avenida.
Podem ser encontrados, também, em postos de gasolina - onde paqueram, bebem e emitem suas poluições sonoras a vontade.
A profissão do agroboy é ser filho de latifundiário ou empresário de agro negócios (tudo que envolva gado, porco, trator, veneno, silo, soja, trigo, leite, etc).
Geralmente se locomovem por cavalos (em meios rurais) ou por "caminhonetas" (hillux, f-250, etc) em meios urbanos.
Costumam andar em bandos de mesmo sexo em suas camionetes, ouvindo um sertanejo "bão dimais sô" ou umas bandinhas de tchê music estilo Tchê Garotos.
Alguns, querendo pagar de malandros para as "tilangas" do local, renegam suas origens e passam a ouvir hip-hop ou dance music, com o BASS no máximo para aumentar a batida, em seus aparelhos de som de 1 milhão de watts de potência.
Usam calça jeans bem apertada (aperta-saco), cinturão de campeão de boxe (quanto maior a fivela, maior o pedaço de terra) e camisa de grife.
Dificilmente tiram o chapéu - quando tiram, colocam o Kangol.
Adoram um arrasta-pé - são bons dançarinos de chamamé, vaneirão, xote, ou qualquer ritmo que de para "chamar na xinxa as muié e grita iiiiiiirrrraaaaaaa".
Fazem sucesso com mulheres burras e/ou interesseiras e/ou cafonas.
Falam com as mulheres como estivessem tocando uma boiada e as tratam como éguas ou vacas (elas adoram).
Geralmente possuem um ou mais adesivos de cavalo crioulo em suas camionetes, iates, jetskys, helicópteros e afins.
Promovem festas em fazendas - as chamadas Festas de Peão; ou fecham alguma zona ou boate para promover suas "folias".
Nessas boates, costumam demarcar um canto, onde ficam baixando bebida para todo mundo, se sentindo os reis do pedaço, com um monte de pobretão puxando o saco para filar um trago.
O lema é bebedeira, grito, dança, churrascada e muié bunita (leia-se burra e/ou interesseiras) na cama.
Adoram fazer uns versos de locutor de rodeio do tipo "peão nóis semo/ peão nóis qué se/ muié bonita é com nós/ mais tem qui merece/ vaca qui nóis barranqueia/ si caga di prazê". (LOL, eu podia ir pra Barretos).
Agroboy adora assassinar o português (porque falar certo é coisa de marica); geralmente criam frases para exaltar seu estilo de vida "másculo":
Agroboy o coração num bate, dá pancada.
Agroboy num tem ciúme, toma conta do rebanho.
Agroboy num chora, sorta agua dus zoio.
Agroboy num dorme, puxa a paia
Agroboy num toma mel, masca a abeia.
Agroboy num e bravo, é chucro.