18/06/2007

Auto-crítica

Não sou desses que afirmam morrer de amor pelas letras, que se declaram amantes dos livros, apaixonados pela escrita. Sabe, essas pessoas que devem se masturbar folheando dicionários? Então. Não faço parte da classe, até porque acho ridícula essa conversinha de “não sei viver sem meus livros, meus autores preferidos”. Coisa de pseudo-intelectual babaca, querendo pagar de “viciado em informação”. Tá, mas e daí? Calma que chego lá....
Há mais ou menos dois meses resolvi criar esse blog. Despretensiosmente comecei a cuspir um monte de catarrinho nesse recinto. Mas pera lá. Ora, "despretensiosamente" é o caralho. Minha auto-crítica está em xeque nessa porra também. Minha maldita auto-crítica. O que acontece é que ela é uma desgraça: enquanto meu prazer em fazer algo aumenta em progressão aritmética, ela aumenta em progressão geométrica. Daí sempre fode tudo, porque eu me sinto desestimulado pra tocar qualquer coisa adiante, guiado pela certeza incontestável de que sou inapto pra sair da linha do medíocre (e isso acontece em tudo o que eu faço, não apenas com a escrita, na música também, principalmente, é bom ressaltar).
Então, o não amante das letras quer se desencanar por ser um merda enquanto sua querida auto-crítica lhe dá 100 chibatadas em praça pública. I'm so fake! ;)

Entenderam meu raciocínio?

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